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terça-feira, 30 de novembro de 2010

METROPOLIZAÇÃO E PROBLEMAS SOCIAIS URBANOS

A intensa urbanização que vem ocorrendo no Brasil, especialmente a partir de 1950, tem sido acompanhada por um processo de metropolização, isto é, concentração demográfica nas principais áreas metropolitanas do país. Isso significa que as grandes cidades, as metrópoles, crescem a um ritmo superior ao das pequenas e médias cidades. Assim, quando somamos a população das nove principais cidades do país - São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza, Recife, Porto Alegre, Curitiba e Belém. Juntamente com as cidades que pertencem às suas respectivas áreas metropolitanas, verificamos que, em 1950, elas reuniam por volta d e18% da população nacional em 1970, esse número subiu para 25% e, em 1995, para cerca de 31% da população total do Brasil.

Com o crescimento acelerado dessas grandes cidades e com os processo de conurbação que nelas frequentemente ocorrem, certos problemas urbanos - como os transportes, água, esgotos, uso do solo, etc. - não devem ser tratados isoladamente em cada cidade vizinha, mas em conjunto. Daí surgiu a definição de áreas ou regiões metropolitanas: "um conjunto de municípios contíguos e integrados socioeconomicamente a uma cidade central, com serviços públicos e infra-estrutura comuns." Elas foram estudadas pelo IBGE e definidas por duas leis, em 1974 e em 1975, e existem no Brasil em número de nove.

Assim cada uma dessas nove áreas metropolitanas possui um planejamento integrado de seu desenvolvimento urbano, que é elaborado por um conselho deliberativo, nomeado pelo governo de cada Estado, auxiliado por um conselho consultivo, formado por representantes de cada município integrante da região metropolitana. Procura-se desse modo, tratar de forma global certos problemas que afetam o conjunto da área metropolitana e que anteriormente ficavam a cargo apenas das prefeituras de cada município.

A Rede Urbana

A urbanização brasileira, só começou a ocorrer no momento em que a indústria tornou-se o setor mais importante da economia nacional. Assim, representa um dos aspectos da passagem de uma economia agrário-exportadora para uma economia urbano-industrial, fato que só ocorreu no século XX e intensificou-se a partir de 1950.

Essa transformação do Brasil, que deixou de ser um país agrário e rural para tornar-se um país urbano industrial, embora ainda subdesenvolvido, apresenta também inúmeros outros aspectos. Por exemplo: as camadas sociais dos fazendeiros e grande comerciantes exportadores deixaram de ser dominantes politicamente, isto é, perderam sua influência sobre o governo em favor das industrias, banqueiros e diretores de grandes estatais.

Cessou também o predomínio do campo sobre a cidade, no sentido de que os principais interesses econômicos e a maior força de trabalho do país estão localizados no meio urbano, de cuja atividade industrial e bancária o meio rural tornou-se subordinado.

Essa subordinação do campo em relação à cidade manifesta-se de várias maneiras:

I. O campo é um fornecedor de mão-de-obra e gêneros alimentícios para o meio urbano; agora não mais se comercializam apenas os excedentes nas cidades, como ocorria no período colonial, mas produz-se essencialmente para o comércio urbano;

II. O setor agrário de exportação continua a ser importante para a economia nacional, mas agora sua renda é utilizada principalmente para pagar as importações de maquinaria ou petróleo para o setor industrial (e a dívida externa do país, que em grande parte foi gerada por esse setor), e não mais para se importar bens manufaturados de consumo, que já são fabricados internamente;

III. A importância cada vez maior que assumem certos insumos procedentes do meio urbano, como fertilizantes e adubos - além de crédito bancário e máquinas agrícolas -, também caracteriza a sujeição do campo a cidade.

Enfim, o meio rural não mais produz com vista ao mercado externo, independentes das cidades, como era regra geral no período colonial, mas em função do meio urbano.

Além de passar a comandar o meio rural que lhe é vizinho (ou às vezes até aqueles bem distantes, como é o caso das metrópoles), as cidades também estabelecem entre si uma rede hierarquizada, isto é, um sistema de relação econômicas e sociais em que umas se subordinam a outras. Em outras palavras, a modernização do país, resultado do crescimento da economia urbano-industrial, produziu uma divisão territorial do trabalho que subroniana campo à cidade, bem como as cidades menos às maiores estabeleceu-se, portanto, um sistema integrado de cidades, em que há um hierarquia: as cidades pequenas (em grande número) dependem das médias (em número menor); estas, por sua vez, subordinam-se às grande cidades ou metrópoles (poucas).

No cume desse sistema hierarquizado de cidades, situam-se as duas únicas metrópoles nacionais: São Paulo e Rio de Janeiro. Elas exercem uma polarização sobre todo o território brasileiro, praticamente comandando a vida econômica e social da Não com suas indústrias, universidades, bancos, bolsas de valores, imprensa, grande estabelecimentos comercia, etc. E, como elas se localizam relativamente próximas (em relações as definições do território brasileiro), existindo em torna da via Dutra uma área intensamente urbanizada, onde estão cidades como São José dos Campos, Taubaté, Lorena, Volta Redonda e outras, convencionou-se nos últimos anos que ali se formou uma megalópole. De fato, essa área superubanizada que vai de São Paulo até o Rio de Janeiro e que abrange cerca de 46.000 km2 (cerca de 0.5% do território nacional) abriga cerca de de 22% da população total do país, mais de 50% dos automóveis e perto de 60% da produção industrial do Brasil.

Logo abaixo das metrópoles nacionais, mais acima de todas as outras cidades, surgem as sete metrópoles regionais - grande cidades que polarizam extensas regiões: Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza e Belém.

Nessa escala hierárquica da rede urbana brasileira aparecem em seguida as capitais regionais, cidade que polarizam uma parcela da região comandada pelas metrópoles regionais. Elas e são assim, subordinadas tanto às metrópoles nacionais quanto a uma metrópole regionais (dependendo de onde se localizam) e exercem influência sobre uma área extensa, com inúmeras cidades pequenas e médias, além das áreas rurais ao seu redor. Exemplos: Manaus (AM), polarizada pela metrópole regional da Amazônia Brasileira - Belém -, mas que, por sua vez, influencia uma vasta área (a porção ocidental da Amazônia); Londrina (PR) subordinada a Curitiba contudo exercendo uma ação polarizada sobre todo o norte do Paraná. Outros exemplos: Ribeirão Preto (SP), Cuiabá (MT) Florianópolis (SC), Caxias do Sul (RS), Goiânia (GO), Blumenau (SC), Campinas (SP), Campo Grande (MS), etc.

A seguir temos os centros regionais, cidades médias polarizadas pelas capitais regionais, que, por sua vez, polarizam uma grande quantidade de pequenas cidades. As cidades médias existem em número bem maio do que aquelas a que estão subordinadas (as capitais regionais), constituindo várias centenas em todo o território nacional Alguns exemplos: Jales (SP), Vacaria (RS), Andradina (SP), Anápolis (GO), São João da Barra (RJ), Formiga (MG), Rolândia (PR), entre outras.

Essa rede urbana brasileira, com uma hierarquia que vai das metrópoles nacionais (apenas duas), até as cidades locais (milhares), é um sistema integrado de cidades que está se formando e não configura ainda uma realidade completa. Isso porque o território brasileiro é imenso e algumas extensas áreas, como a Amazônia, ainda são pouco povoadas. Além do mais, as desigualdades regionais de desenvolvimento são muito acentuadas no país, com uma notável concentração das riquezas no Centro-Sul, especialmente em São Paulo. Esses fatos fazem com que a rede urbana não seja totalmente articulada em toda a extensão do território nacional; em algumas áreas, como em São Paulo, esse sistema integrado de cidades existe de forma quase perfeita, mas em outras áreas como na Amazônia, por exemplo, a densidade urbana (quantidade de cidades em relação ao espaço( é pequena e as comunicações entre as cidades, muito precárias.

O sistema urbano articulado é fruto da divisão territorial do trabalho entre o campo e a cidade e entre cidades com recursos (população, equipamentos urbanos) diferente. Esse sistema urbano só se completará quando a indústria se tornar o setor dominante em todo o território, desde que este seja totalmente ocupado e se torne economicamente produtivo. Assim, só existe de forma completa nas áreas de maior desenvolvimento industrial; nas áreas de baixa industrialização, ou naquelas ainda pouco ocupadas, a rede urbana é pobre e desarticulada.

É importante, para entender essa rede urbana, lembrar que os critérios para classificar uma cidade não são rígidos, mas dependem da região em que ela se localiza. Assim, nas áreas de maior industrialização e maior densidade urbana - sobretudo com cidades bem mais equipadas -, o nível de exigências para se considerar um centro urbano como metrópole é bem maior que nas áreas pouco povoadas. Por exemplo, Campinas é uma cidade bem mais industrializada do que Belém e possui equipamento urbano (aeroporto, movimento bancário, universidade, comércio, etc.) superior ao da capital paraense, no entanto, essa cidade paulistana não é uma metrópole regional, e isso se deve à sua localização, próxima de São Paulo. Da mesma forma, algumas cidades consideradas apenas centros regionais em São Paulo poderiam ser capitais regionais se estivessem localizadas na Amazônia. E, inversamente, algumas cidades locais da Amazônia (que são sedes de municípios enorme), se estivessem no Centro-Sul do país, seriam menos povoadas ou vilas.
ATIVIDADE
1- Leia o texto.
2- Formule 07 perguntas e respostas.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

BIOMAS DO BRASIL



Um bioma é um conjunto de tipos de vegetação que abrange grandes áreas contínuas, em escala regional, com flora e fauna similares, definida pelas condições físicas predominantes nas regiões. Esses aspectos climáticos, geográficos e litológicos (das rochas), por exemplo, fazem com que um bioma seja dotado de uma diversidade biológica singular, própria.

No Brasil, os biomas existentes são (da maior extensão para a menor): a Amazônia, o cerrado, a Mata Atlântica, a Caatinga, o Pampa e o Pantanal. Clique aqui para baixar um mapa detalhado.

A seguir, conheça cada bioma do Brasil.

Amazônia
Extensão aproximada: 4.196.943 quilômetros quadrados

A Amazônia é a maior reserva de biodiversidade do mundo e o maior bioma do Brasil – ocupa quase metade (49,29%) do território nacional. Esse bioma cobre totalmente cinco Estados (Acre, Amapá, Amazonas, Pará e Roraima), quase totalmente Rondônia (98,8%) e parcialmente Mato Grosso (54%), Maranhão (34%) e Tocantins (9%). Ele é dominado pelo clima quente e úmido (com temperatura média de 25 °C) e por florestas. Tem chuvas torrenciais bem distribuídas durante o ano e rios com fluxo intenso.

O bioma Amazônia é marcado pela bacia amazônica, que escoa 20% do volume de água doce do mundo. No território brasileiro, encontram-se 60% da bacia, que ocupa 40% da América do Sul e 5% da superfície da Terra, com uma área de aproximadamente 6,5 milhões de quilômetros quadrados. A interação de variadas condições geográficas e climáticas predominantes no bioma Amazônia resulta numa vasta fauna e numa flora variada e rica. Estima-se que esse bioma abrigue mais da metade de todas as espécies vivas do Brasil.

A vegetação característica do bioma Amazônia é do tipo floresta ombrófila densa, normalmente composta de árvores altas. Nas planícies que acompanham o Rio Amazonas e seus afluentes, encontram-se as matas de várzeas (periodicamente inundadas) e as matas de igapó (permanentemente inundadas). Aspectos da savana, da campinarana, de formações pioneiras e de refúgios ecológicos também estão presentes nesse bioma.

Cerrado
Extensão aproximada: 2.036.448 quilômetros quadrados

O Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul e cobre 22% do território brasileiro. Ele ocupa totalmente o Distrito Federal e boa parte de Goiás (97%), de Tocantins (91%), do Maranhão (65%), do Mato Grosso do Sul (61%) e de Minas Gerais (57%), além de cobrir áreas menores de outros seis Estados. É no Cerrado que está a nascente das três maiores bacias da América do Sul (Amazônica/Tocantins, São Francisco e Prata), o que resulta em elevado potencial aquífero e grande biodiversidade. Esse bioma abriga mais de 6.500 espécies de plantas já catalogadas.

No Cerrado predominam formações da savana e clima tropical quente subúmido, com uma estação seca e uma chuvosa e temperatura média anual entre 22 °C e 27 °C. Além dos planaltos, com extensas chapadas, existem nessas regiões florestas de galeria, conhecidas como mata ciliar e mata ribeirinha, ao longo do curso d’água e com folhagem persistente durante todo o ano; e a vereda, em vales encharcados e que é composta de agrupamentos da palmeira buriti sobre uma camada de gramíneas (estas são constituídas por plantas de diversas espécies, como gramas e bambus).

Mata Atlântica
Extensão aproximada: 1.110.182 quilômetros quadrados

A Mata Atlântica é um complexo ambiental que engloba cadeias de montanhas, vales, planaltos e planícies de toda a faixa continental atlântica leste brasileira, além de avançar sobre o Planalto Meridional até o Rio Grande do Sul. Ela ocupa totalmente o Espírito Santo, o Rio de Janeiro e Santa Catarina, 98% do Paraná e áreas de mais 11 Unidades da Federação.

Esse bioma é o grande conjunto florestal extra-amazônico. Seu principal tipo de vegetação é a floresta ombrófila densa, normalmente composta por árvores altas e relacionada a um clima quente e úmido. A Mata Atlântica já foi um dos mais ricos e variados conjuntos florestais pluviais da América do Sul, mas atualmente é reconhecida como o bioma brasileiro mais descaracterizado. Isso porque os primeiros episódios de colonização no Brasil e os ciclos de desenvolvimento do país levaram o homem a ocupar e destruir parte desse espaço.

Caatinga
Extensão aproximada: 844.453 quilômetros quadrados

A Caatinga, cujo nome é de origem indígena e significa “mata clara e aberta”, é exclusivamente brasileira e ocupa cerca de 11% do país. É o principal bioma da Região Nordeste, ocupando totalmente o Ceará e parte do Rio Grande do Norte (95%), da Paraíba (92%), de Pernambuco (83%), do Piauí (63%), da Bahia (54%), de Sergipe (49%), do Alagoas (48%) e do Maranhão (1%). A caatinga também cobre 2% de Minas Gerais.

A Caatinga apresenta uma grande riqueza de ambientes e espécies, e boa parte dessa diversidade não é encontrada em nenhum outro bioma. A seca, a luminosidade e o calor característicos de áreas tropicais resultam numa vegetação de savana estépica, espinhosa e decidual (quando as folhas caem em determinada época). Há também áreas serranas, brejos e outros tipos de bolsão climático mais ameno.

Esse bioma está sujeito a dois períodos secos anuais: um de longo período de estiagem, seguido de chuvas intermitentes e um de seca curta seguido de chuvas torrenciais (que podem faltar durante anos). As duas estações acentuam contrastes da Caatinga: numa época o bioma se encontra despido, cinzento e espinhoso. Em outra, mais verde, encoberto de uma significativa quantidade de pequenas folhas. Dos ecossistemas originais da caatinga, 80% foram alterados, em especial por causa de desmatamentos e queimadas.

Pampa
Extensão aproximada: 176.496 quilômetros quadrados

O bioma pampa está presente somente no Rio Grande do Sul, ocupando 63% do território do Estado. Ele constitui os pampas sul-americanos, que se estendem pelo Uruguai e pela Argentina e, internacionalmente, são classificados de Estepe. O pampa é marcado por clima chuvoso, sem período seco regular e com frentes polares e temperaturas negativas no inverno.

A vegetação predominante do pampa é constituída de ervas e arbustos, recobrindo um relevo nivelado levemente ondulado. Formações florestais não são comuns nesse bioma e, quando ocorrem, são do tipo floresta ombrófila densa (árvores altas) e floresta estacional decidual (com árvores que perdem as folhas no período de seca).

Pantanal
Pantanal: quase toda a fauna brasileira está representada nesse bioma.
Extensão aproximada: 150.355 quilômetros quadrados

O bioma Pantanal cobre 25% de Mato Grosso do Sul e 7% de Mato Grosso e seus limites coincidem com os da Planície do Pantanal, mais conhecida como Pantanal mato-grossense. O Pantanal é um bioma praticamente exclusivo do Brasil, pois apenas uma pequena faixa dele adentra outros países (o Paraguai e a Bolívia).

É caracterizado por inundações de longa duração (devido ao solo pouco permeável) que ocorrem anualmente na planície, e provocam alterações no ambiente, na vida silvestre e no cotidiano das populações locais. A vegetação predominante é a Savana, mas também há formações de savana estépica e pequenas áreas de floresta estacional semidecidual e decidual.

Quase toda a fauna brasileira está representada no bioma Pantanal. Durante o período de inundação, algumas espécies, como aves e mamíferos, se deslocam para áreas altas próximas. A cobertura vegetal original de áreas que circundam o Pantanal foi em grande parte substituída por lavouras e pastagens, num processo que já repercute na Planície do Pantanal.

Fonte:
IBGE
Ministério do Meio Ambiente
Agência Brasil
ATIVIDADE:
1-O que é um bioma?
2-Quais os biomas existentes no Brasil?
3-Observe o mapa, leia o texto e responda:
a) Qual a localização da Mata Atlântica?
b) Qual o bioma da região nordeste?
c) O bioma da Amazônia cobre quais estados brasileiros?
d) Qual o bioma predominante em Goiás, Distrito Federal e Tocantins?
e) O pampa está em qual região brasileira?
f) O Pantanal esta presente em quais estados brasileiros?
4- Qual o principal tipo de vegetação da Mata Atlântica?
5- Qual a pincipal característica do bioma pantanal?
6-Qual a origem e significado da palavra caatinga?
7- Qual a vegetação e o clima do cerrado?

MULTINACIONAIS E TRANSNACIONAIS

As empresas multinacionais, tão presentes no nosso dia-a dia, são manifestação da fase atual do capitalismo- o Capitalismo Financeiro ou monopolista. Nessa fase do capitalismo as características marcantes são: a presença do Estado na economia e as Multinacionais.
Essas empresas que se constituem em grandes conglomeradas industriais e financeiros, surgem da evolução das industrias de grande porte na fase industrial do capitalismo.
São portanto, as multinacionais uma manifestação do aprimoramento que o centro faz na periferia do capitalismo, na qual ultrapassou-se a simples compra de matéria-prima pelo centro e de industrializados pela periferia. As relações são mais complexas e, apesar de evoluírem, ainda continuam desiguais.

AS MULTINACIONAIS E AS TRANSNACIONAIS

Denomina-se Transnacionais as empresas sediadas num país e que operam sua produção ou parte dela em outro; enquanto que as Multinacionais, como o próprio termo apresenta significa as empresas, cujas várias fases de produção se complementam entre unidades produtivas de váriadas nacionalidade. Na realidade os dois termos, pelo uso comum acabavam fundindo-se, e acabaram por serem usados para denominar, de forma genérica as grandes empresas que, sediadas geralmente no capitalismo central, nos países desenvolvidos, operam ou controlam a produção no capitalismo periférico, no mundo subdesenvolvido.
A ação dessas empresas no mundo subdesenvolvido dá-lhes um peso bastante grande no contexto econômico das países mais atrasados do capitalismo, pois matem agregados à sua produção segmentos da economia e os esforços de uma região a qual acaba dependente.
As multinacionais passaram a se disseminar de maneira mais agressiva pelo mundo subdesenvolvido após a Segunda Guerra Mundial.
Tinham como atrativos, na periferia do capitalismo a mão-de-obra abundante e barata, a energia e a matéria-prima a custos reduzidos e baixos impostos.
Todos esses fatores possibilitaram a maximização do lucro dessas empresas, cuja produção geralmente à exportação para os países-sede.
As multinacionais têm, evidentemente, um interesse pelo mercado consumidor, impondo um novo padrão de consumo.
Mais recentemente, o Terceiro Mundo passou a oferecer um atrativo a mais para a ação das multinacionais. Com a questão ambiental evoluindo e colocando em xeque, as nações periféricas, por apresentarem regulamentos às agressões ao meio ambiente menos restritos, constituem áreas potencialmente mais vantajosas que o Primeiro Mundo, onde as leis ambientais são severas. É claro que as multinacionais não procuram no Terceiro Mundo recursos a serem degradados, mas a negligência ambiental desses países, sem duvida, seduz o capital estrangeiro.
Concluindo, a transferência de bens de produção e capitais, cada vez maiores para o mundo subdesenvolvido, além de manter ou ampliar o capital das multinacionais , integra cada vez mais a economia internacional e, sobretudo acentua as desigualdades entre o centro e a periferia, perpetuando a dependência e a subordinação dos pobres aos ricos.
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Com base na leitura do texto, responda:

1. O que são Multinacionais?
2. Como surgiram as Multinacionais?
3. O que são Transnacionais?
4. Por que as Multinacionais se interessam pelos países subdesenvolvidos?
5.Cite as Multinacionais que voce conhece que atuam no Brasil.
6.Por que as Multinacionais acabam por acentuar as diferenças entre países ricos e pobres?

domingo, 28 de novembro de 2010

CONTAMINAÇÃO DAS ÁGUAS

A Terra ainda é cheia de mares, rios, lagos e muita água para todo mundo." Verdadeiro ou falso? Apenas a primeira parte da frase é verdadeira: ainda existem muitos rios, mares e lagos. Mas não há água suficiente para todos. Em diversos lugares, milhões de pessoas já estão sofrendo com sua falta.Desde os primeiros anos escolares ouvimos que dois terços do nosso planeta são feitos de água. Mas 97% dela estão no mar: não servem para beber, tomar banho ou cozinhar - e é de água boa para beber que estamos falando. Essa está acabando, como todo recurso natural que se utiliza exageradamente, na crença de que ele irá durar para sempre.De acordo a Organização das Nações Unidas (ONU), a falta de água potável é responsável por 80% das mortes nos países pobres. Doenças relacionadas à água, como febre tifóide, leptospirose e cólera já estão entre as causas mais comuns de morte no mundo e afetam mais os países em desenvolvimento.A água doce, que corresponde a cerca de 3% da água do planeta, não está ao alcance da mão. Mais da metade (68,7%) está congelada nas geleiras e glaciares, e 30,1% existem em reservatórios subterrâneos. Menos da décima parte daqueles 3% está na superfície, em lagos, nascentes, rios e pântanos.
Um futuro sem água de qualidadeAs previsões são preocupantes. Os mananciais da Terra estão secando rapidamente, o que vai se somar ao aumento da população, à poluição - urbana, rural e industrial - e ao aquecimento global para reduzir a quantidade de água disponível para cada pessoa no mundo.Muito se fala que, num futuro próximo, haverá guerras em busca desse recurso natural, como hoje acontece com o petróleo. A água já é considerada uma commodity, uma mercadoria ou bem negociável em larga escala, como ouro, café, arroz, gado, laranjas.O Brasil é um país privilegiado, pois aqui estão 11,6% de toda a água doce do planeta. No entanto, as fontes de água são contaminadas com o despejo de lixo e esgoto, principalmente nos rios. E o desmatamento cada vez maior tem piorado a situação. Sem a vegetação protetora, secam o rio e a nascente de onde vem a água - e não há chuva que reverta o processo.Até 2050, quando 9,3 bilhões de pessoas devem habitar a Terra, entre 2 bilhões e 7 bilhões não terão acesso à água de qualidade. Esses dados estão em um relatório da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura).O órgão é responsável pelo Programa Mundial de Avaliação Hídrica e alerta: as medidas adotadas atualmente pelos governos dos países definirão se serão 2 bilhões ou 7 bilhões de pessoas a sofrer com a falta de água no mundo.
ATIVIDADE:
1-Leia o texto.
2- Formule 07 perguntas e respostas.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

OS ANIMAIS URBANOS

O processo de urbanização ocorreu no início do século XX, nesse período houve a introdução das indústrias em vários países que atraiu grande quantidade de pessoas para os centros urbanos, desencadeando assim o fenômeno do êxodo rural. A partir desse deslocamento por parte das pessoas, muitos animais passaram a viver e se adaptar às condições urbanas, assim alguns animais não vivem em outro ambiente. A fauna urbana é denominada pelos biólogos de fauna sinantrópica (do grego sýn = ação unida e ánthopos = homem), que corresponde a espécies de animais que sobrevivem na companhia do homem. Dentre os animais urbanos destaca-se a barata que é uma espécie de inseto de hábitos noturnos, tem a capacidade de se adaptar a diversos ambientes, é bastante encontrado em residências e estabelecimentos comerciais. Outro animal típico das cidades é o pardal, que corresponde a uma espécie de ave de origem européia, os primeiros chegaram ao território brasileiro em 1903, com o acelerado processo de urbanização e construção de rodovias os pardais se dispersaram por todo país, chegando até o estado do Amazonas em 1964. Os pardais constroem seus ninhos nas fendas de edificações comerciais, residenciais e telhados, essas aves se alimentam de restos de alimentos humanos, além de pequenos animais como insetos, larvas, frutos e sementes. Muitas vezes os animais que habitam as cidades são tratados como pragas e muitos deles são mesmo, porém em algumas oportunidades esses bichos podem ser benéficos, um exemplo disso são os morcegos que se alimentam de insetos e contribuem para a limpeza urbana.

ATIVIDADE:

1- Quando oocorreu o processo de urbanização e o que aconteceu nesse período?
2- O que você entende por êxodo rural?
3- Como a fauna urbana é denominada pelos biólogos e a que essa espécie corresponde?
4- Cite o nome de 03 animais urbanos?
5- Qual a origem dos pardais e quando os primeiros chegaram ao território brasileiro?
6- Os animais urbanos que muitas vezes são tratados como pragas podem ser benéficos? Justifique.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

CORREÇÃO PÁG. 264- 3° ANO

1- com a Revolução Industrial, as novas oportunidades de trabalho na zona urbana atraíram pessoas que haviam perdido terras e emprego no campo, devido à introdução de novas tecnologias na produção agrícola.

2-Urbanismo é o conjunto de medidas técnicas, administrativas, econômicas e sociais tomadas visandoao desenvolvimento racional e humano das cidades. A miséria e as condições insalubres em que vivia operariado nas grandes cidades industriais européias do século XIX podiam tornar-se o estopim de revoltas populares e levar à revolução socialista.

3- *No mundo desenvolvido: decorrente da transferência da população do campo ( setor primário) para as cidades, primeiro para a indústria ( setor secundário ) e depois para os serviços ( setor terciário ).
*No mundo subdesenvolvido: urbanização mais rápida a partir da década de 1950, com a população do campo assumindo atividades do terciário, principalmente na economia informal, absorvem a maior parte dessa população.

4- cidades que concentram as oportunidades econômicas, constituindo polos de atração de população.

5- *Fatores de natureza quantitativa: número de habitantes; concentração de empresas industriais, comerciais e de serviços; concentração de capital e de investimento de capital.
*Fatores de natureza qualitativa: infra -estrutura moderna; maior oferta de atividades culturais; centros avançados de educação formal; meio técnico-cientifico-informacional; oportunidades de ascensão social.

CORREÇÃO- FOCOS DE CONFLITO - 2° ANO / 4° PERÍODO

1- F-F-V-V

2- O povo basco corresponde a um grupo social de origem não identificada e que, provavelmente teria chegado à Península Ibérica a cerca de 200 anos.

3- As ideias do ETA são separatistas e socialistas. Esse movimento atua com atentados, sobretudo às autoridades.

4- O motivo do conflito é a luta entre católicos e protestantes. Os católicos querem a reunificação da Irlanda e se opõem aos protestantes que são maioria e querem permanecer subordinados ao Reino Unido.

5- Porque não levaram em conta as disparidades étnicas existentes no continente, esse fato provocou a separação de grupos aliados, união de grupos rivais e assim por diante.

6- Por meio de ataques terroristas, atentados, homens bomba, entre outros, sempre marcado por um elevado nível de violência.

7- Em grande parte da Turquia, Iraque, Irã, Armênia e Síria.

8- Afeganistão.

9- Pela intolerância entre muçulmanos e indus na região da caxemira.

10- Estão ligados com a produção de cocaína e o narcotráfico. Esses grupos atuam exercendo infliencia de um lado paralelo, cometem assassinatos, atentados, sequestros, dentre outros.