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quinta-feira, 20 de setembro de 2007

A BOLÍVIA



Os quíchuas e aimarás ( índios) que habitam os altiplanos, são dominados, no século XIII, pelo Império Inca. Com a conquista espanhola, iniciada em 1530, os índios são escravizados para trabalhar nas minas de pratas. Em 1808, o Alto Peru, como a região era conhecida, é uma das primeira colônias espanholas a se rebelar, conquistando a independência em 1825, sob liderança
de Simón Bolívar e Antonio José de Sucre. Bolívar torna-se o primeiro presidente do país, chamado Bolívia em sua homenagem. A Bolívia é uma das nações mais pobres da América do Sul, com maior taxa de analfabetismo e o menor índice de desenvolvimento humano da região. Cerca de 2/3 dos bolivianos são indígenas, principalmente quíchuas e iamairás. Por isso, as línguas desses povos são também oficiais no país como é o espanhol. Vivem no país 8.100.000 habitantes.

Uma das principais tradições indígenas bolivianas, mascar a folha de coca,
também usada em chás e medicamento, está na origem da ligação do país e da dificuldade do
governo em erradicar o cultivo da planta.
Situada no centro-oeste do continente, a Bolívia não tem saída para o mar. Em seu território,
a Cordilheira dos Andes atinge a largura máxima de 650km. No árido altiplano andino vivem 70% dos habitantes e se localizam as principais cidades do país, como La Paz, que está a 3.636m acima do nível do mar, a Capital localizada em maior altitude do mundo. No norte e no leste, as
montanhas dão lugar a planícies cobertas pela floresta amazônica e, no sudeste, a pantanosa região do Chaco.
Dentre os rios bolivianos, o Beni, o Picomayo, o Mamoré e o Guaporé são os principais. Na fronteira com o Peru localiza-se o lago Titicaca e Poopó, em elevada altitude. Entre esses lagos corre o rio desaguadeiro.
O clima boliviano é muito influenciado pelas altitudes, apresentando-se do tipo frio nas montanhas andinas, temperado nos altiplanos e quente nas planícies. Nas demais áreas do país, predomina o clima tropical de altitude.
As chuvas são mais freqüentes nas planícies e mais escassas nas maiores altitudes. Conseqüentemente, a formação vegetal é muito diversificada na área do país. Florestas tropicais e equatoriais cobrem as planícies do leste e do norte, enquanto que as formações erbáceas protegem as áreas elevadas.


LEIA O TEXTO E RESPONDA:

1- Quais povos indígenas já habitam a região da Bolívia, quando aconteceu a conquista espanhola em 1530?

2- Quem foi o primeiro presidente da Bolívia?

3 - Por que a Bolívia recebeu esse nome?

4- Em relação ao analfabetismo e ao índice de desenvolvimento humano, como está a Bolívia?

5- Como é o clima boliviano e por qual fator ele e muito influenciado?

6- Que tipos de floresta cobrem as planícies bolivianas?

7- Uma das principais tradições indígenas na Bolívia é mascar folhas de coca. Qual a dificuldade do governo em relação a esse problema?

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

URBANIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO

A relação campo x cidade
Na relação cidade x campo, hoje, o urbano tem-se mostrado o elemento dominante no panorama brasileiro. A subordinação do campo à cidade é uma característica recente de nosso quadro sócio-econômico, transformado nos últimos anos, mais especificamente nos recentes 40 anos que sucederam a 2ª Guerra Mundial, com o advento da industrialização.
O fenômeno da industrialização brasileira atrela-se, como uma extensão do que acontece no restante do mundo, ao processo de urbanização.

A modernização do campo em face da industrialização
Traçado o quadro de mudanças em nossa recente história econômica, devemos lembrar que o campo não foi banido de nosso contexto econômico. A zona rural, agora subordinada aos interesses urbanos, orienta sua produção para a satisfação direta ou indireta da cidade, que investe no campo maciçamente, reproduzindo ainda mais essa situação de dependência.
São atribuições do campo frente à configuração do Brasil urbano-industrial:
• Produção de itens para a exportação;
• Produção de matérias-primas para o setor industrial;
• Produção de alimentos para o grande contingente populacional das cidades
.
a) A produção de gêneros para exportação gera capitais que revertem na ampliação dessa produção ao mesmo tempo em que gera divisas empregadas no suprimento das necessidades financeiras do capital urbano e industrial.
b) A produção de matérias-primas consumidas pelas indústrias, além de combustíveis, no caso brasileiro o etanol, reduz a dependência de nossa economia em relação ao combustível importado. A evasão de divisas em virtude da importação do petróleo onerava a nossa balança comercial, o que desviava recursos que seriam investidos na infra-estrutura de produção no campo e, principalmente, nas cidades.
c) A produção de alimentos é um segmento importante, mas as culturas alimentares pouco ou nenhum amparo têm do Estado, apesar de este ser beneficiado pela exportação de gêneros . Mais ainda, o capital comercial urbano é sobremaneira beneficiado com a importação de alimento de consumo obrigatório, e que, portanto, asseguram a reprodução do capital investido.
Em suma, a modernização de nossa economia subordinou o campo à cidade. Mais ainda, modificou a orientação da produção rural, mantendo a estrutura fundiária arcaica e constituindo o campo em um mercado de consumo de itens como máquinas e tecnologia, cujo capital reverte para as cidades.

A urbanização e os problemas ambientais
Até o final do século passado, as cidades brasileiras constituíram-se em meros centros comerciais e portuários que tinham como função principal a exportação dos produtos agrícolas para o mercado internacional.
No entanto, neste século, com o inicio da atividade industrial, as cidades brasileiras passam a ter nova função: são agora o centro produtor de capitais, o lugar da acumulação de mão-de-obra, o lugar da distribuição das mercadorias produzidas pelas indústrias. Assim, necessitam de uma infra-estrutura que as capacite para atender essas novas funções: crescem os meios de transporte, investe-se na produção de energia, constroem-se moradias, criam-se sistemas
de saneamento básicos, constroem-se hospitais, escolas etc.
É claro que todo esse desenvolvimento gera grande quantidade de empregos, o que atrai população para a região. A maioria da população rural carente que vem para a cidade, saem de áreas, com vários problemas estruturais, como: (concentração de terras, precárias condições de vida, baixa remuneração, falta de empregos). E assim a cidade cresce, sua área aumenta, seus serviços tentam se expandir para atender as necessidades dessa população.
No Brasil, esse processo foi extremamente acelerado: entre1940 e 1980, mais da metade da população abandona o campo (somente 1/3 dela, atualmente, lá permanece) e vem se concentrar nas grandes cidades, sobretudo nas 9 maiores metrópoles (1/3 da população).
A Grande São Paulo, sozinha, absorve 11% do total demográfico, concentrado em uma área de cerca de1% da área do País. Assim, vários problemas sociais decorrentes da ocupação desordenada são visíveis hoje em São Paulo: a carência de moradias, de transportes, de empregos, de saneamento básico, de atendimento médico-hospitalar, a poluição ambiental, fazem parte do dia a dia da cidade.
O espaço urbano de São Paulo, convive com a ocupação desordenada e com problemas sérios de poluição ambiental.
No início do processo de metropolização, a rodovia funcionou como eixo regulador da ocupação, já que as indústrias se instalaram ao longo dela, o que favorecia o surgimento de loteamentos nas suas proximidades. A expansão de loteamentos espacialmente isolados da cidade intensificou-se com a especulação imobiliária, por meio da valorização dos terrenos na área central, da falta
de lotes disponíveis e do aumento dos impostos territoriais, levando os moradores a se estabelecerem em áreas mais afastadas – os subúrbios -, geralmente no entorno de ferrovias e rodovias.
O processo de industrialização, iniciado no Brasil do pós-guerra, relaciona-se, em escala global, com a consolidação do capitalismo financeiro. A implantação de unidades de produção de empresas estrangeiras (as multinacionais )– no Brasil foi possível porque o Estado ter passou a atuar na economia, assegurando a reprodução do capital, implantando, implementando ou simplesmente mantendo a infra-estrutura de produção já existente, ação esta que constitui
a tônica da nova fase do capitalismo, a fase financeira.


ATIVIDADES:

1- Qual elemento tem se mostrado dominante na relação campo cidade?

2- Na sua opinião, as cidades podem sobreviver sem os produtos do campo? Por quê?


3- Dê exemplos de produtos que são produzidos na cidade que são importantes para o campo? (resposta pessoal )

4- Cite as atribuições do campo frente a configração do Brasil urbano-industrial.

5- A maioria da população rural carente vem de áreas que apresentam que tipos de problemas estruturais?

6- Cite os problemas sociais decorrentes da ocupação desordenada que são visíveis hoje em São Paulo( a maior cidade do país).

7- O lugar onde você mora apresenta os mesmos problemas sociais de São Paulo citados acima? Comente?


8 - Por que foi possível a implantação de multinacionais no Brasil?

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

O MÉXICO



Situado em um território montanhoso, o México tem o norte desértico, e o sul tomado por florestas tropicais úmidas. Sua origem remonta às civilizações Maia e Asteca, que até o século XV dominavam a região.

O país foi palco da primeira Revolução Popular do século XX, que implantou o regime político mantido até hoje. Sacudido por uma grave crise financeira, em dezembro de 1994, vem tentando, desde então, equilibrar sua economia. Para isso, conta com importantes reservas naturais, principalmente de petróleo, e com forte movimento de turistas, atraídos pelas construções históricas e suas belas praias nos Oceanos Atlântico e Pacífico. Além de ser beneficiado pela intensificação do comércio regional e pelo aumento das exportações, o México passou a atrair um grande volume de investimentos externos. Mas esses recursos foram plicados sobretudo no mercado financeiro, ou seja, não são investimentos produtivos.

No final de 1994, ficou claro que o crescimento da economia mexicana era menor do que se esperava. O resultado foi que os investidores externos retiraram o capital do país, que mergulhou numa grave crise econômica e financeira. Para superá-la, o México teve de recorrer a empréstimos, principalmente dos Estados Unidos.Neste século, o México prima por um conjunto de medidas econômicas, um ambicioso plano de política industrial, com o objetivo de ampliar a competitividade dos produtos mexicanos no mercado global.As metas a serem alcançadas na área social são: levar assistência médica para mais de 10 milhões de mexicanos das áreas rurais pobres; assegurar que 90% dos estudantes de escolas públicas terminem seus estudos; distribuir água potável para mais de 5 milhões de residências nas áreas urbana e 5 milhões nas áreas rurais.
O México possui uma população de 97,4 milhões de habitantes, a segunda da América Latina, colocando-se depois do Brasil. Predomínio da população mestiça e indígena. O maior problema mexicano é o crescimento acelerado da população. A causa principal da expansão demográfica tem sido a brusca diminuição da mortalidade e a natalidade ainda elevada. Como conseqüência do alto crescimento natural, encontramos, no México, o predomínio da população jovem (46%).Outro destaque diz respeito aos movimentos populacionais, como as imigrações temporárias pendulares dos "braceros" (trabalhadores agrícolas sazonais) que se dirigem para a Califórnia na época das colheitas. Analisando-se a repartição demográfica em função da altitude, verifica-se que as maiores densidades rurais e urbanas estão entre 2000 m. e 3000m de altitude, a faixa compreendida entre o nível do mar e 1000m é fracamente povoada. Observa-se que mais de63% dos mexicanos vivem na região centro sul, a mais importante economicamente do país. Quanto a urbanização, é importante citar que 73% da população vive nas grandes cidades.

ENRIQUECIMENTO CULTURAL

Nome oficial: Estados Unidos Mexicanos.
Capital: Cidade do México.
Nacionalidade: Mexicana.
Idioma: Espanhol (oficial), línguas regionais principalmente náhuatl.
Moeda: Peso Novo Mexicano.
Localização: Sul da América do Norte.Área: 1.972.547km².
População: 97.400.000 habitantes.
Cidades Principais: Cidade do México, Guadalajara, Monterrey, Puebla,León, Juárez, Netzahualcóyotl.
Governo: República Presidencialista.Constituição em vigor: 1917.

Questões:
1- Em que região do México predominam as florestas tropicais úmidas?
2- A origem do México remonta à quais civilizações?
3- O que ocorreu na economia do México em 1994?
4- Como é a repartição demográfica mexicana?
5- Qual a causa principal da expansão demográfica mexicana?
6- Quais são as metas a serem alcançadas na àrea social?
7- Você vê alguma semelhança entre os problemas econômicos enfrentados pelo México e os enfrentados pelo Brasil? Comente.
8- Observe o mapa acima e responda:
a) Em qual região do México esta sua capital?
b) O México é cortado ao norte pela linha de qual trópico?
c) Qual país faz fronteira (divisa ) com o México na sua porção sul?

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

A LITOSFERA E AS PLACAS TECTÔNICAS



Depois de muitos estudos, os cientistas concluíram que a litosfera é composta por vários pedaços ou placas, tanto nos continentes quando no fundo dos oceanos. Essas porções da crosta terrestre são chamadas de placas tectônicas.
A análise dessas placas mostrou que elas se deslocam constante e lentamente. Na verdade, é um deslocamento quase imperceptível das placas tectonicas, conhecido como deriva dos continentes ou deriva continental.
Depois de descobrir esse deslocamento das placas que formam a litosfera, os cientistas concluíram que há milhões de anos existiu um único e imenso continente na superfície da Terra e não como conhecemos os continetinentes hoje: Ásia, África, Europa, América, Oceania e Antártida.
Existe um encaixe quase perfeito entre as costas da América e da África, que foram unidos num
passado distante. Além disso, os cientistas encontraram outras semelhanças entre a parte oriental da América do Sul e a parte ocidental da África:
• semelhanças geológicas –
tipos de rochas, de terrenos;
• semelhanças de clima;
• e também entre restos de
animais e vegetais do passado.
Com isso, foi possível provar que essas duas porções de continente foram uma só no passado geológico da Terra.
A mesma análise feita para a África e para a América do Sul se repetiu para as outras massas continentais. E foi a partir dessas análises que os cientistas formularam a teoria da deriva continental, defendendo a existência de um supercontinente, rodeado por um único oceano.
A forma atual da crosta terrestre, com os continentes e oceanos que conhecemos, data de mais ou menos 10 milhões de anos. Mas, com o tempo, ele deverá se modificar. Dados científicos indicam, por exemplo, que daqui a alguns milhões de anos, a África e a América do Sul estarão bem mais distantes uma da outra do que atualmente. Isso porque ano a ano esses continentes deslocam- se alguns milímetros.
Com o tempo a Pangéia, ou seja, o bloco único de terras emersas, foi se rompendo e pedaços de terras emersas foram se distanciando uns dos outros. Um movimento produzido pelas forças internas da Terra teria provocado esse distanciamento.
Assim, cada grande porção de terras emersas deu origem a um continente. O movimento no interior da Terra começou há, aproximadamente, 200 milhões de anos e continua até os dias de hoje.
Acabamos de descrever a chamada teoria da deriva dos continentes, que surgiu há três séculos. Ela é o resultado da observação de semelhanças entre o litoral da África e o da América do Sul, que se iniciou com as grandes expedições e descobrimentos dos séculos XV e XVI.


Surge uma nova teoria: A TEORIA DAS PLACAS TECTÔNICAS
A partir de 1950, muitas pesquisas foram feitas no fundo dos oceanos, em grande parte com o objetivo de descobrir riquezas minerais. Com isso, o homem aumentou muito o seu conhecimento sobre a crosta terrestre.
Assim, surgiu a teoria das placas tectônicas, que, na verdade, é um aprimoramento da antiga teoria da deriva continental. Essa nova teoria, bastante aceita nos dias de hoje, afirma que a litosfera é formada por várias porções ou placas. E sobre essas placas encontram-se os continentes e os assoalhos dos oceanos. Todas as placas flutuam sobre o manto, por serem muito mais rígidas, ou seja,mais sólidas.
Entre outras palavras, estas são as principais placas tectônicas:
• Placa Euro-Asiática, predominantemente continental, apesar de incluir parte do Atlântico norte.
• Placa Africana, que inclui a África e parte do Atlântico Sul.
• Placa Norte-Americana, que abrange parte do Atlântico Norte e quase toda a América do Norte.
• Placa Sul –Americana, que inclui a América do Sul e parte do Atlântico Sul.
• Placa Antártica, que inclui o continente Antártico e uma imensa área oceânica.
• Placa Indo-Australiana, que abrange boa parte do oceano Índico e da Oceania.
• Placa Norte-Pacífica, predominantemente oceânica.
• Placa Sul-Pacífica, a oeste da América do Sul, predominantemente oceânica.
O estudo das placas tectônicas é muito importante para compreendermos fenômenos naturais que ocorrem na litosfera, como a formação das altas cadeias de montanhas e os abalos sísmicos (terremotos e maremotos).
De forma simplificada, podemos dizer que as elevadas montanhas se formaram a partir do choque ou do encontro violento de duas placas tectônicas.
Também os terremotos e os maremotos são abalos gerados pelo encontro de duas placas. As áreas situadas no ponto de encontro de duas placas são as mais sujeitas a terremotos e vulcões.

Questões

1- O que são as placas tectônicas? ( 03 linhas)

2- Quando leu o texto, recebeu informações sobre deriva dos continentes.
Escreva o que é deriva continental. ( 03 linhas )

3- Quais são os continentes da superfície da Terra? ( 02 linhas )

4- O que é Pangéia? ( 03 linhas )

5- Quais as semelhanças que os cientistas encontraram entre a parte oriental
da América do Sul e a parte ocidental da África? ( 04 linhas )

6- O que afirma a Teoria das Placas Tectônicas? ( 05 linhas )

7- Cite as placas tectônicas. ( 03 linhas )

8- O que gera terremotos e maremotos? ( 02 linhas )
9- A partir de que se formam as montanhas elevadas? ( 02 linhas )
10- Por que é importante o estudo das placas tectonicas? ( 04 linhas )